Perseguição de belarussos por atividades antiguerra

Há um ano após a invasão militar russa da Ucrânia, o regime belarussas perseguem os belarussos por qualquer manifestação de uma postura antiguerra. Pela participação em piquetes antiguerra, sabotagem ferroviária e comentários na Internet, um total de pelo menos 1.575 pessoas foram presas durante o último ano em Belarus. Delas, 56 pessoas receberam sentenças de prisão de 1 a 23 anos. O Centro de Direitos Humanos “Viasná” informa sobre as ações antiguerra por causa das quais belarussos foram perseguidos pelo regime.

Participação em manifestações antiguerra e piquetes

Nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2011, houve as mais numerosas manifestações antiguerra em Belarus. Só nesses dois dias, pelo menos 1100 pessoas foram presas. As pessoas foram detidas por usar fitas azuis e amarelas (cores da bandeira ucraniana), levar cartazes “Não à guerra” e colocar flores em frente da Embaixada da Ucrânia em Minsk. Houve protestos não só em Minsk, mas também nas regiões. Muitas pessoas foram severamente espancadas durante as detenções.

Prisões por guerra de informação

As pessoas enviam fotos e vídeos do equipamento militar russo e informações sobre seu movimento no território de Belarus para o projeto de monitoramento Belaruski Hayun e para a mídia independente. E por causa disso, são perseguidas pelo regime. Pelo menos 32 casos criminais já foram iniciados por envio de informações.

Atividades da “guerrilha ferroviária”

Lukashenka permite que a Rússia use ativamente o território de Belarus para o transporte de equipamento militar para a Ucrânia. A “guerrilha ferroviária” impediu o avanço do equipamento militar russo, por meio da sabotagem nas ferrovias. Atualmente, há informações sobre os julgamentos de 12 detentos acusados de tais atos de sabotagem. Suas sentenças totalizam mais de 190 anos de prisão.

Disposição para lutar do lado da Ucrânia

Após o início da guerra, os belarussos criaram o regimento de Kastus Kalinóuski, que mais tarde passou a fazer parte das forças armadas ucranianas. Para integrar o regimento, as pessoas precisam entrar em contato com ele através do Telegram bot. O regime belarusso prenderam pelo menos 11 pessoas em cujos celulares esse bot foi encontrado. Além disso, é exercida pressão sobre as famílias dos belarussos que já se juntaram ao regimento de Kalinóuski: as forças do regime invadem os apartamentos de parentes dos integrantes do regimento e fazem pogroms.

Os ativistas de direitos humanos também documentaram represálias contra 20 pessoas por comentários antiguerra na Internet e assistência financeira ao Regimento de Kastus Kalinóuski e ao exército ucraniano. O número de casos não relatados é provavelmente várias vezes maior.

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