Representantes das embaixadas europeias pedem a libertação dos presos políticos belarussos

No segundo aniversário das eleições manipuladas, representantes da União Européia e de outros países em Belarus continuam apelando ao regime belarusso para que liberte e reabilite imediata e incondicionalmente todos os presos políticos e acabe com a repressão do Estado contra a sociedade.

Esse apelo foi apoiado por representantes das missões diplomáticas da UE, Áustria, Tchéquia, Estônia, Finlândia, Alemanha, Itália, Letônia, Polônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia, Suécia e EUA.

Em 9 de agosto de 2022, 1.262 pessoas já haviam sido reconhecidas como prisioneiros políticos em Belarus. Os dados podem estar incompletos porque nem todos os fatos de repressão são levados ao conhecimento dos defensores dos direitos humanos, os julgamentos são frequentemente realizados à porta fechada, as informações dos órgãos oficiais não são atualizadas, e os dados nem sempre podem ser confiáveis.

Em dois anos, foram iniciados mais de 5.000 casos de “protesto”, envolvendo mais de três mil pessoas. Pelo menos 1.800 pessoas foram condenadas em casos de motivação política e sentenciadas. Ao mesmo tempo, não foi aberto um único caso relativo à morte de manifestantes e à tortura e maus-tratos dos manifestantes.

Pelo menos 40.000 pessoas foram detidas em casos pelo Código Civil. Os defensores dos direitos humanos têm conhecimento de 11.924 julgamentos nos quais 7.521 pessoas receberam dias de prisão, um total de 282,25 anos para todos os belarussos em dois anos. Pelo menos 4.403 pessoas foram multadas num total de 3.011.392 rubels [6,045,781 reais ou 1,154,389 euros].

Representantes de praticamente toda a sociedade belarussa estão na prisão: defensores dos direitos humanos, jornalistas, ativistas, políticos, adolescentes, estudantes, operários de fábrica, ex-funcionários e oficiais de segurança, professores, figuras culturais, médicos, construtores, cientistas e outros. Mães de muitas crianças, menores, pensionistas e pessoas com doenças são mandadas para a prisão por terem participado de protestos. Muitas pessoas estão presas com doenças graves, mas não recebem os cuidados médicos necessários. E durante toda a sua prisão, os presos políticos são submetidos à pressão contínua da administração das instituições.

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