Programador condenado a oito anos de prisão por criar o aplicativo BelScan

O Centro de direitos humanos Viasna informa que o prisioneiro político Artsiom Mazanik, que em 2020 criou o aplicativo BelScan com os dados pessoais das forças e dos funcionários do regime, foi condenado a oito anos de prisão em uma colônia penal de regime reforçado.

BelScan é um aplicativo para a leitura de códigos de barras. De acordo com os desenvolvedores, ele pode ser usado para “procurar rapidamente uma pessoa nas listas dos funcionários da polícia e polícia de choque, funcionários, jornalistas e empresários aliados ao regime”, para identificar produtos, as empresas produtoras que pertencem a empresários pró-governamentais, e, desse modo, “reduzir o financiamento da tortura e das violações dos direitos humanos”.

Artsiom foi inicialmente detido por ter participado de dois protestos. No vídeo da “confissão”, exibido após a detenção, os policiais mostraram screenshots dos bate-papos e mencionaram o BelScan. Em seguida, o programador foi acusado de coletar e divulgar ilegalmente dados pessoais, de exigir ações destinadas a prejudicar a segurança nacional e de ajudar e instigar ao ódio ou à discórdia. Como resultado, no dia 30 de setembro, o tribunal condenou Artsiom Mazanik a oito anos de prisão.

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