Veterano do batalhão Aidar comenta as atividades dos partisanos belarussos

Yevgen Dikiy, cientista ucraniano, blogueiro e veterano do batalhão Aidar, acredita que as atividades dos partisanos belarussos podem ser chamadas de heróicas sob condições de duras repressões políticas em Belarus.

Rádio Svaboda conversou com Yevgen Dikiy sobre o papel das atividades dos partisanos belarussos durante a guerra na Ucrânia. Yevgen vê resultados positivos dos esforços da guerrilha, em particular a sabotagem no aeródromo militar em Matchúlishtchy.

“A Rússia perdeu um de seus seis centros de inteligência para sua agressão. O avião em Matchúlishtchy é um cruzeiro “Moskva” voador. Nesta ação, tudo é perfeito: o próprio significado do combate, a perda econômica e a forte bofetada política na cara”.

Yevgen Dikiy enfatiza a importância da atividade dos partisanos e a contribuição dos partisanos belarussos para o apoio do lado ucraniano. Os espiões ucranianos não operam em Belarus, e por isso os partisanos belarussos têm sido uma grande ajuda na transmissão de informações importantes.

“Todas as verdadeiras ações físicas contra os russos em Belarus são feitas por partisanos belarussos, isto torna o valor de suas ações mais alto. Eles fazem coisas que nós não podemos dar-nos ao luxo de fazer. Isso tem um efeito militar direto. Quantos escalões militares foram atrasados! E na guerra, tempo é vida. A entrega oportuna e inoportuna de equipamentos e munições determina o resultado da batalha e o vencedor. Esta é uma contribuição muito séria para nossa vitória”.

Yevgen acredita que o movimento de resistência belarusso tem um impacto positivo sobre como os belarussos são vistos na Ucrânia.

“É uma atitude completamente diferente para com os belarussos quando separamos precisamente o que é o regime e o que é o povo, que em 2020 mostrou forte e inequivocamente que esse regime não é o deles, que é um regime ilegítimo, não escolhido por eles como poder. Através dos atos heróicos dos partisanos belarussos, o povo belarusso está mostrando, mesmo agora, que o regime e o povo são duas histórias absolutamente diferentes”.

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