O pai de Raman Pratassêvitch classificou o vídeo publicado com a participação de seu filho como resultado de ameaças, e a comunidade internacional condenou o fato de tal “entrevista”

Na noite de 3 de junho, o canal de TV estatal belarusso ONT mostrou um vídeo com o blogueiro da oposição Raman Pratassêvitch, que foi detido após o pouso forçado do avião da Ryanair em Minsk. O jovem disse em um vídeo de uma hora e meia que assume sua culpa por organizar ações não autorizadas em massa em Belarus.

“Não tenho dúvidas: o que Raman diz é o resultado da sua intimidação, o resultado da constante violência psicológica e física contra ele. Isso se deve ao fato de ele ter sido simplesmente intimidado, ameaçado, talvez, com risco à vida da namorada e à sua”, – disse Dzmitry Pratassêvitch.

“O que Pratassêvitch disse é pura propaganda, sob a qual não há base verdadeira”, disse o chefe do centro de direitos humanos Viasná, Ales Bialiatski.

“Pratassêvitch foi forçado a confessar sob tortura”, disse Franak Viatchorka, assessor de Sviatlana Tsikhanouskaya.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab convocou para levar à justiça as pessoas envolvidas na gravação da entrevista de Raman Pratassêvitch ao canal estatal de Belarus, e o governo da República Federal da Alemanha condenou a demonstração de Raman Pratassêvitch na televisão.

Hoje, Sviatlana Tsikhanouskaya, em uma reunião com o presidente polonês Andrzej Duda, enfatizou a inadmissibilidade de negociar sobre os prisioneiros políticos: “Todas as pessoas inocentes devem ser libertadas. Isso não pode ser negociado. Vimos o estado de Raman – ele é um refém do regime – e devemos fazer tudo para libertar Raman e milhares de pessoas que se encontram nas mesmas condições desumanas”.

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